quinta-feira, novembro 16, 2006

A minha pátria é a minha língua?

Os habitantes do Porto mas sobretudo os adeptos do FCP, têm como máxima dizer que “o Porto é uma nação”. Mas não podiam estar mais enganados. Se existem no mundo do futebol nações elas estão geograficamente mais a Sul. Quando Fernando Pessoa disse que a sua pátria era a língua portuguesa serviu, certamente, de inspiração a este senhor, que aproveitando a presença de uma televisão, fez questão de exibir com visível orgulho e contagiante emoção a língua, ou talvez dialecto, da nação com que se identifica, a nação benfiquista!

Transcrição do original

Repórter – Queria perguntar se, s’acha que Rui Costa tem feito falta ao Benfica?

Indivíduo – É sim senhora é verdade. É o Rui Costa é o Mar...hummm, Mar humm, Mittle, humm, que é, que é o pequenino (inspira). Só temos o Simão e o(silêncio, expira), e os outros todos que tamos lá. Mas isso é uma coisa, nós temos o maior, nós clubes e Portugal temos uma coisa, temos uma coisa que temos, que não há nosso munde (expira). Os outros (inspira), que o Beira-Mar venham cá para fazer casa a nós, não! Nos temos de ganhar pa ganhar e pa na ter mais 3 ponto ou 5 pontos do Porto. E ter o direito que o Pinto Loureiro dessulê, tá aí, ele queússo, não é? Que (silêncio e gesticula com convicção) fazem nosso clube, nosso Portugal, que seja o maior de nossos benfiquistas. E vamos ao benfica, ee e temos a vitória. Ganhámos por 3-1 ao, ao Beira Mar!

Repórter – Obrigado.

Descodificação

Repórter – Queria perguntar se, s’acha que Rui Costa tem feito falta ao Benfica?

É verdade sim senhor. O plantel do Benfica tem-se debatido com uma verdadeira “onda” de lesões. O Rui Costa faz falta, é um facto, mas não podemos negligenciar as temporadas irregulares que o pequeno grande Miccoli tem feito mercê das sucessivas lesões. Ele de facto é um grande jogador e fez imensa falta ao Benfica, sobretudo na época passada. A comprovar o que digo está aí a grande exibção que fez hoje. Mas como disse uma vez Giovanni Trapattoni: “graças a Deus que temos o Simão.
Destaco estas individualidades mas não quero com isto retirar qualquer mérito ao restante plantel que é, sem sombra de dúvida, o melhor em Portugal e que faz, finalmente, juz a um clube de dimensão Mundial. Já lá vai o tempo onde equipas como o Beira-Mar pontuavam no estádio da Luz. Agora há que continuar nesta senda vitoriosa para não deixar o Porto afastar-se ainda mais na tabela classificativa. João Loureiro e Pinto da Costa, as eminências pardas do nosso futebol, que se cuidem, não alcançarão os vossos propósitos que o Benfica é o maior clube de Portugal e os benfiquistas estão aí para vos fazer frente. Força Benfica, grande vitória por 3-0 ao Beira Mar!

quarta-feira, novembro 15, 2006

Mente Sã em Corpo São...

Por aqui nem uma coisa nem outra, os meus distúrbios cinesiológicos são mais que muitos. Ele é pescoço, ele é costas, ele é joelhos, enfim... E a porcaria do tempo que nunca mais estabiliza. Estou praticamente incapacitado e a necessitar urgentemente de ajuda especializada ou então a emigrar para os trópicos (outra vez). Fisioterapia é o que se precisa...

sexta-feira, novembro 03, 2006

Ele há coisas que se proporcionam assim ou como este blog por momentos se inspira no "Animal Farm" de George Orwell...


O Pasquim Patada continua a manter a sua coêrencia editorial. Hoje, como é seu hábito, deseja um bom fim de semana aos seus leitores mas pasme-se, não através da habitual previsão do tempo, mas sim com um videoclip dos Gato Fedorento. Todos conhecemos o Rap dos Matarruanos, é uma linda ode ao bestialismo, mais concretamente ao amor entre uma ovelha e um homem. Mas aqui é que a fémea do suíno torce o apêndice caudal (ou não) e nos apercebemos da coerência total dos autores do Pasquim. Justiça lhes seja feita, todos nos habituámos desde há uns anos a ir quase diariamente, ler as suas histórias de lana caprina. Mas a lana caprina, e isto é consensual, não provém das ovelhas mas sim das cabras (daí a expressão). A isto se poderia tembém chamar vender gato por lebre.

Assim se vê a pujança da linha editorial traçada pelo Osvaldo e pelo Donal, de fazer inveja ao Pravda do principio do século passado...